Meet the Players - Francisco Pereira aka Xiquélio

Chico Hélio, Xiquélio ou “A sopa onde cai a mosca”

Imagino que os excelsos leitores deste blog se encontrem intrigados pela selecção daquele que foi o jogador menos influente da equipa na época passada, como o primeiro alvo da “língua viperina” deste vosso humilde escriba. A verdade é que este impulso assenta num alargado leque de razões de enorme elevação:


- Mesmo sem poder contribuir como gosta para o bem colectivo, este “top-model” de metro e meio esteve em mais treinos e jogos que outros pretensamente no activo;

- É o jogador que mais tem contribuido para a boa imagem do clube, fundamentalmente no género oposto, já que como sobejamente verificado, as moscas lhe caiem na sopa, sem necessidade deste enorme amigo mexer uma palha que seja...

- Gosta de jogar e tem uma criatividade selectiva para o mais importante, já que foi o inventor do gesto técnico “dupla patada” apresentado em Madrid 2005, tendo-lhe granjeado uma popularidade sem precedentes, obrigado-me a agarrar espanhois “aos cachos” que exigiam a cabeça do Obikwélio numa bandeja.

- Apresentou a melhor produtividade com uma belíssima relação entre tempo de jogo/ensaios marcados neste mesmo torneio, com uma média de 1,7 ensaios por cada 5 minutos

- Gosta de fazer ferro, embora subsistam dúvidas legítimas relativas ao objectivo final deste enorme investimento pessoal. O rugby ou a praia?

- É politicamente correcto como demonstrou recentemente com a placagem alta (plácage soutien) à infeliz dupla no anúncio da Caixa, demonstrando que não distingue géneros, credos ou raças no que respeita à distribuição de fruta.

A tudo isto devemos juntar a imprevisibilidade da verdade desportiva. Nunca saberemos o que teria acontecido esta época se tivéssemos a magia do Élio salpicada nos vários palcos, mas algo se pode prever sem grande margem de erro: tinhamos uma bancada mais bonita e arejada, das amigas passadas e potenciais, para diluir a imagem rude costumeira do Polainas e dos seus amigos.

Este enquadramento idílico surge manchado apenas por um factor incontrolável. Nunca poderá jogar nos avançados por impossibilidade morfológica ou em linguagem técnica, por ser um piriquito!

Mas nós gostamos dele é assim, somos como as moscas afinal...

Um abraço bovino!


P.S.: Por esta altura já devem ter percebido mas esta crónica é da autoria de Boi Niegro Lopez